segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Medo

Semana passada fomos aproveitar o feriado e demos uma chegadinha na praia (fomos Renata, eu, minha cunhada, cunhado e afilhado),ficamos por lá 6 dias. Foram dias incríveis, de muito Sol, brincadeiras na praia até o Sol ir embora, muito sorvete e diversão... Ok, daí vc já está se perguntando: e o que tudo isso tem a ver com o título dessa postagem? Explico: logo na viagem de ida pegamos uma tempestade daquelas que vc não enxerga nem um palmo a sua frente, eu estava ao lado do motorista, Renata atrás com o primo e a tia, e quando viu a chuva, se desesperou, chorando, dizendo que queria voltar para casa! Todo esse medo de chuvas fortes tem uma explicação, certa vez, há uns 2 anos atrás, estávamos indo visitar uma amiga minha que mora em Mairiporã, já na estrada pegamos uma chuva medonha, tempestade mesmo, a água ia subindo, e passava com uma velocidade que eu nunca havia visto. Naquela ocasião fiquei mesmo com muito medo, estávamos em um lugar desconhecido, sem saber direito para onde fugir, e a chuva piorando cada vez mais... Desde então, toda vez que chove e estamos no carro a Renata fica nervosa.
Passada a chuva, fizemos uma viagem tranquila, graças a Deus, logo que a chuva parou a Renata se acalmou.
Chegando na praia, ao irmos em um restaurante, a Renata sempre lembrava a todos de fechar o carro, pois era perigoso um bandido tentar roubá-lo. E enquanto jantávamos, vários raios caíam, fazendo um clarão ao longe, e a pequena disse que tinha medo de raio. Minha filha vê jornal (por mais que eu evite, depois do almoço, a tv fica ligada sempre no jornal, e notícias de morte por raios são frequentes nessa época do ano, assim como a violência sem fim!). A certa altura, minha cunhada não se conteve e disse: pára com isso menina, tem medo de tudo!!! A Renata nunca foi uma criança medrosa, pelo contrário, era um perigo, pois ia com qualquer pessoa, brincava sem medo nenhum em qualquer brinquedo de parques ou buffets infantis, nunca teve medo de animais, nem de escuro a única coisa que a assustava era muito barulho, já que em casa somos mais silenciosos (hoje em dia menos, por conta dos meus gritos para escovar os dentes, fazer lição, arrumar a camaaaaaaa...kkkkk).
Mas sinto  que com o passar dos anos fui passando para ela alguns dos meus medos. Por exemplo, medo de barata: ainda pequena transmiti esse pavor para ela (infelizmente!). Medo da violência, estar sempre alerta. E por aí vai...
Agora queria saber de vcs e seus filhos, do que tem medo? Crianças pequenas se assustam com barulhos fortes, às vezes tem medo de cachorros, do escuro, essas coisas, mas e quando crescem, como lidar com os novos medos que surgem? Não acredito que fingir que coisas ruins não acontecem seja a solução, mas também não quero criar uma neurótica que tem medo de tudo!
Baci
Thati

7 comentários:

  1. Olá,Thati.Meus "filhinhos",nunca tiveram medo de nada.Eu que sou medrosa.Barata,em apartamento é difícil,mas quando aparece em algum lugar,sempre tem algum homem por perto mais corajoso que eu...kkk.
    Tenho muuuito medo de altura.Quando estava grávida do Daniel,estava sem empregada e resolvi limpar a janela da sala.Fiz igual elas.Sentei na beirada,me deu uma tontura,que falei...nunca mais na minha vida faço isso.Hj ,já resolvo com facilidade,pego uma vassourinha de criança,com um pano e pronto,resolvido.
    O que posso falar para vc?Quando sinto esse medo de alguma coisa,penso...Que Deus me proteja,e vou em frente,Êle sempre está comigo,me protegendo.Bjs

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  2. Amém, só Deus mesmo para nos proteger de tantos perigos! Eu quando fico com medo, penso logo no salmo 91 "Porque aos teus anjos dará ordens a teu respeito para que te guardem em todos os teus caminhos"... E assim que tento ensinar para Renata, temos que ser prudentes e confiar em Deus. Ah, só uma coisinha, vc esqueceu de postar seu nome, acabo ficando sem saber quem é!
    Baci

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  3. Olha Thati, realmente a criança desenvolve o costume de ter os mesmos medos que temos.
    Eu odeio barata, mas não grito quando elas aparecem. Só saio correndo pegar vassoura ou algo para matar. Spray talvez.
    Enfim, se passamos esse medo para as meninas, claro que elas vão encucar sim.

    Bem, as minhas tem os medos normais, de se perder, de barata, de carro, tomam cuidado com tudo e procuram ficar sempre pertinho quando passeamos.
    Já não têm mais medo de escuro, e não temem ficar sozinhas em casa também, pois fica tudo fechado.

    Acho que devemos sempre conversar, viu? converse muito com a Renatinha, e diga pra ela que não precisa ficar grilada com o que passa na TV. O ideal seria que ela não tivesse acesso a esses telejornais de hj em dia. Mas se não dá pra evitar, converse muito. E espero que logo passe, acho que tb é fase, viu?

    Bju

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    1. É Marli, espero mesmo que seja só uma fase... Mas sinto que a Renata anda cada vez mais sensível, e creio que boa parte por conta da fragilidade da saúde da minha sogra... Quanto aos noticiários, o ideal seria mesmo que ela não assistisse, mas realmente ela acaba ouvindo...E conversamos muito sobre os medos dela, no Fantástico desse domingo passou uma reportagem sobre raios e fiz questão que ela assistisse, para saber como se proteger, e ter a confirmação do que eu disse, que no carro ela estaria segura dos raios (no meio da tempestada na estrada ela dizia que tinha medo que um raio caísse no carro, expliquei que estávamos seguros.) Enfim, procuro não esconder os assuntos delicados, mas sempre respeitando a idade e capacidade de entendimento dela.
      Baci

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  4. O Brunão tem medo do escuro e de cachorros que latem. Se for um cachorro gigante e for bonzinho ele brinca. Mas se for um daqueles cachorros minusculos de madames que latem para tudo ele gruda nas minhas pernas e não solta!

    O bom da Renata ter medo da violência é que ela não irá ir com qualquer um.

    Beijocas

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    1. Carol, a Renata ama cachorros, temos uma daschound sapequíssima, mas se ela encontra um cachorro "muito animado" querendo pular nela, ela se assusta e fica com medo.
      Com relação a violência, fico triste em não poder deixar minha filha brincar na rua, como o pai dela fazia na infância, mas é o preço que se paga por morar em cidade grande (não que as cidades do interior estejam longe da violência, mas com certeza os índices são mais baixos...)
      Baci

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